Guerreiro ou gafanhoto?
Números 13:26-33
Não é novidade para ninguém que Deus tem grandes
bênçãos para cada um de nós. Ele nos criou para governarmos toda a abundância
da vida terrestre que Ele criou (o nome disso é mordomia)! É só olharmos os
detalhes do Jardim do Éden, as árvores frutíferas, os rios, abundantes em água
e a vida próspera de todos os lados.
O pecado nos trouxe à morte! A morte física e
espiritual que vai se desenrolando, se desenvolvendo ainda quando estamos nesse
mundo, nos levando a todo tipo de escassez possível, desde a carência afetiva,
que buscamos suprir com as pessoas, enquanto deveríamos buscar em Deus; até à
carência espiritual que muitos buscam nas religiões, enquanto deveriam buscar em
Cristo.
Desde que o pecado entrou no mundo, Deus tem
buscado o homem de volta para perto de Si. Tem mostrado que é possível voltar ao
lugar de governo nEle, através do arrependimento e da obediência
irrestrita aos Seus mandamentos. Isso é sim possível quando entendemos o poder
que existe no relacionamento leal e fiel com Ele.
O povo de Israel foi procriando no Egito, passaram
a ser escravizados e toda a história que lemos na Bíblia sobre eles é, na
verdade, um pouco da história de todos nós. Toda essa introdução é para nos
lembrar o tamanho do estrago que o pecado faz na humanidade e que, sair da
posição de “escravo pecador” para “guerreiro vencedor” não é nada
fácil, mas sim, é possível.
1. É fácil criticar, mas difícil de se colocar no lugar!
Quando lemos sobre a dureza de coração do povo
que viu todos aqueles milagres e ainda tinham coragem de reclamar de tudo mesmo
vendo a provisão de Deus; nos esquecemos que aquela história conta um pedacinho
da nossa. Muitas vezes, somos pegos murmurando, falando mal daquilo que Deus
tem feito e usado seus servos para fazer por nós.
Não estamos defendendo a falta de fé
deles, mas o que vemos nos dias atuais são pessoas agindo da mesma forma e, o
pior, é porque hoje temos o Espírito Santo dentro de nós, habitando em nosso
corpo, o que para eles, na época, não era possível.
Quantas bênçãos e milagres temos
recebido de Deus? Quanta força, consolo, líderes abençoados, pessoas que se importam
de verdade, que tiram seu precioso tempo para nos ajudar na jornada espiritual,
outros que abriram mão de suas vidas para viverem para a obra de Deus e mesmo
assim, muitos se acham no direito de reclamar e não querem ter a mentalidade de
governo que Deus restituiu em Cristo para nós.
2. Você quer o governo ou a escravidão?
Deus havia retirado o povo do Egito
com sinais e maravilhas e estava prestes a leva-los à terra que prometeu a Abraão.
Mas eles duvidaram! Você sabe o que significa duvidar de Deus? Mesmo diante de
tantas provas que Ele já nos deu de que pode todas as coisas, ainda assim nós
também nos pegamos duvidando, lembre-se que a fé é o que move o coração de
Deus (Hb 11:6).
Quando Deus mandou os espias, era
apenas para verem quão grande eram as bênçãos que estavam por vir para eles. As
guerras seriam apenas pequenos detalhes para eles. É o que Paulo chama de “leve
e momentânea tribulação” (2Co 4:17). Pelo tamanho das cidades e dos cachos de uva,
era para eles estarem felizes, alegres e maravilhados por verem que tudo o que
Deus prometeu era realmente verdade.
Mas
eles não se achavam dignos de tudo aquilo! Eles olharam para os habitantes da
terra, os quais Deus já havia falado que iria eliminar e que eles possuiriam
casas que não construíram e vinhas que não plantaram, mas mesmo assim, queriam
voltar à escravidão. Haviam saído do Egito, mas o Egito não havia saído deles.
Conhece alguém que “saiu do mundo” mas o mundo não saiu dele? É um pouco da história
de todos nós (Dt 6:10-12).
3. Somos o que pensamos no coração! Pv 23:7; 27:19
O complexo de inferioridade é fruto
de duas coisas: rejeição e comparação. A pessoa não entende porque não foi
amada por quem deveria e passa a se comparar e a copiar o outro para poder ser
aprovado e amado. Daí surge a síndrome do não-merecimento. Quando alguém lhe trata
bem ou lhe dá um presente, o indivíduo sempre acha que é muito para ele ou que existem
segundas intenções em tal atitude.
O problema é que isso vira um siclo
vicioso e muitos acabam tendo esse comportamento como estilo de vida e nem percebem.
Os israelitas estavam vivendo assim e sempre se achavam os menores de todos os
povos. Se viam ao seus próprios olhos como gafanhotos.
4. Você é guerreiro ou gafanhoto?
Assim como Deus levou Israel a conquistar
a Terra Prometida, Cristo morreu e ressuscitou para que nós conquistássemos
nações para Ele! A promessa é que faríamos obras maiores!
Muitos querem se contentar em ter
uma vida tranquila, pagar as contas e não se envolver com a obra de Deus para
poder ter “paz”. Mas esquecem de que esses são os que a bíblia chama de
covardes e que não herdarão o reino dos céus (Ap 21:8).
Sejamos
fortes e corajosos! Não tenhamos medo e nem nos apavoremos, pois O Senhor é conosco
por onde quer que andarmos, aleluia!
Conquistaremos esta e outras cidades para Cristo. Ainda
existem muitas pessoas para serem salvas e o inimigo não vai impedir o agir de
Deus em nós e através de nós. Eu não sou gafanhoto, sou guerreiro e você?
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