Portadores da graça
Tito 2:11
Por
incrível que pareça, um dos temas mais polêmicos que temos nas Sagradas
Escrituras é a Graça! Até mesmo mais do que as questões ligadas ao fim dos
tempos. Isso porque temos a facilidade de ir atrás de más notícias, tragédias;
acontecimentos catastróficos atraem mais a atenção do que notícia boa. E o
Evangelho é isso, a boa notícia que a Graça salvadora de Deus tem se
manifestado ao mundo!
Você já falou ou ouviu alguém
falando que ninguém valoriza o que é de graça? Pois é, as pessoas até gostam do
“grátis”, mas confundem esse “grátis” com a “Graça”, o que não tem nada a ver.
Isso porque a salvação não é grátis ou de graça, mas pela Graça. Ser
salvo custa caro, tão caro que não há nada nesse mundo que possamos fazer para
sermos salvos. Não tem como acumular toda a riqueza do mundo para comprar a
salvação.
Ser
salvo é “nascer de novo”, e a gente sabe perfeitamente que, uma vez que saímos
do ventre materno, embora tem dias que dá muita vontade de voltar para lá, isso
é impossível. Olhando por esse ângulo, a Graça não parece muito “grátis”, mas é
a verdade!
O
termo “portadores” e não “mensageiros” tem mais a ver com a função que a Graça
exerce em nós. O mensageiro tem a opção/ou não de entregar a mensagem.
Imagine um portador de algum
vírus, ele apenas o carrega em seu corpo e, muito provavelmente contra a sua
vontade, transmitindo a quem passa por ele ou entra em contato, não é mesmo?
O Evangelho é uma mensagem que precisa ser pregada. O próprio Apóstolo Paulo afirma: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho”. Ou seja, ele teria a opção de não pregar, assim como muitos cristãos optam por serem omissos nessa missão. Agora o portador não tem opção, ele simplesmente transmite, direta ou indiretamente.
Muitos cristãos vivem na Graça (salvos)
mãos não vivem a Graça (não usufruem de todos os seus benefícios). Não
me leve a mal, mas para completarmos nossa ilustração um pouco cômica - para
não dizer trágica - é como se tivessem um vírus (só que do bem) mas sem se desenvolver
no seu corpo. É salvo, mas não “salva” ninguém.
Dentre muitos fatores que a graça é polêmica é porque ela apresenta um grande perigo! Ela nos torna livres!
A
graça nos livra do poder do pecado, nos liberta da escravidão dos nossos
desejos desenfreados, da castração causada pela religião, nos torna livres
pensadores, não podendo ser manipulados por aqueles que usam o seu poder para
dominar as massas; a graça nos liberta da Lei, dos dogmas; quebra os paradigmas
das crenças que limitam nosso potencial e nos impedem sermos quem nascemos para
ser. Enfim, a Graça dá medo! É melhor ficarmos em cada um desses estágios de escravidão e manipulação, pois é bem mais
“confortável”. Ou não! Podemos nos preparar para vivermos a verdadeira
liberdade para a qual Cristo nos libertou.
Continuando nossa série de exemplos nada convencionais; quando um espirito maligno se manifesta no corpo de uma pessoa, usamos esse termo -manifestar- porque ele já estava ali atribulando a vida da pessoa sem querer “aparecer”, porque quando isso acontece, alguém com autoridade espiritual acaba expulsando-o.
Pois bem, quanto Tito
afirma que a Graça salvadora de Deus foi manifesta a todos os homens, é
porque ela sempre esteve presente na criação, mas escondida em Deus para ser
revelada (manifesta) no tempo certo. Hoje, (a partir de Cristo) O Pai quer que
todos se salvem e cheguem ao conhecimento dessa verdade (1 Tm 2:4). Qual
verdade? Que a salvação pela graça nos torna verdadeiramente livres e com total
acesso a Ele, por meio dEle para vivermos nEle, aleluia!
Quando manifestamos a Graça de Deus através de nós, não precisamos nos esforçar para pregar o Evangelho, para dar bom testemunho, nem mesmo para fazer o que é certo e nos afastar do pecado, pois tudo fica mais leve e flui com facilidade quando vivemos a Graça e usufruímos de todos os seus benefícios.
O Espírito Santo nos capacita a
viver essa Graça, a partir do momento que aceitamos que Cristo pagou o preço
que não poderíamos pagar, morreu a morte que deveríamos morrer para termos a
vida que Ele vive com a liberdade da eternidade.
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