O PODER DA VIGILÂNCIA - PARTE FINAL

 1 Coríntios 16:13

“Vigiai, permaneçam firmes na fé, mostrem coragem, sejam fortes.”

Quando entendemos que a vigilância é uma doutrina do Novo Testamento que precisa ser praticada diariamente e não somente em alguns casos onde somos “tirados do sério”, com certeza passamos a perceber que ela é uma poderosa aliada para vivermos em santidade.

Cada dia que permanecemos fiéis a Deus e aos Seus propósitos deve ser comemorado com grande vitória. O pão nosso de cada dia... basta cada dia seu próprio mal... carregar nossa cruz dia após dia... tudo isso mostra o porquê Ele disse que estaria conosco todos os dias até o fim dos tempos.

Embora nossa salvação esteja garantida em Cristo, ainda temos que viver em um corpo pecaminoso com uma natureza pecaminosa que não se converte e precisa ser subjugada, crucificada diariamente, por isso a necessidade em permanecermos firmes na fé.

 

1 – Permaneçam firmes na fé – Hb 10:39

Sempre ensinamos que a perseverança é a marca do cristão. Embora muitos preguem por aí que a pessoa que foi salva não perde sua salvação, independente do que faça; isso não está de acordo com as Escrituras, pois vemos exatamente o contrário em muitos textos que nos mandam vigiar para não cair em tentação (Mt 26:41); para não perdermos nossa coroa (Ap 3:11); para não  voltarmos a velhas práticas (1 Co 6:9-12); para nos mantermos fiéis até o fim (Mt 25:33); inclusive para não negarmos a nossa fé mesmo diante da morte (Ap 2:10).

Tudo isso nos ensina a viver um dia de cada vez na presença de Deus. Não significa que não podemos fazer planos para nossa vida espiritual, mas para não nos esquecermos de que não pertencemos mais a este mundo e que nossa pátria é eterna, com Cristo no céu, aleluia!                      

Quando vivemos dia após dia vigilantes, na esperança da vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, isso nos dá mais coragem para enfrentarmos as lutas com ousadia.

 

2 – Mostrem coragem – Ap 21:8

          O contrário da coragem não é o medo, é a covardia. Todos nós temos medo de algo e a coragem é exatamente o que usamos para enfrentarmos nossos medos. Enquanto a covardia é a desculpa que damos para não encararmos aquilo que quer nos paralisar, pois é isso que o medo faz com a gente, nos paralisa.

        Não podemos negar que o Evangelho se popularizou em grande parte de nossa nação. Na tentativa de ter muitos adeptos, muitas igrejas estão dispostas a negociar alguns princípios bíblicos a fim de não parecer tão “radical”. É o famoso “evangelho light”. Enquanto os cristãos do primeiro século tinham que ter coragem para enfrentar tigres e leões no coliseu romano ou para serem queimados vivos em uma cruz por não negarem a sua fé; hoje temos que ter coragem para pregarmos o verdadeiro Evangelho mesmo que ele magoe ou afaste os colegas ou admiradores e até mesmo os interesseiros da fé.

         O que vemos por parte de muitos que dizem ser igreja é um verdadeiro distanciamento daquilo que Cristo nos ensinou e uma grande preocupação em querer agradar a todos, sendo que nem Jesus fez questão disso. Temos que ter coragem para andarmos na contramão do sistema e não nos acovardarmos diante da secularização da igreja, mas sermos fortes para esse tempo sombrio.

 

3 – Sejam fortes – 1 Co 13:7

            Para sermos fortes como Cristo foi, temos que entender que absolutamente todos os princípios ensinados por Ele eram contrários às leis desse mundo. Um desses princípios é a força. Não se trata da força física, ética ou moral puramente humana. É uma força sobrenatural gerada pelo Espírito Santo. É a força que nos permite muitas vezes sermos mal compreendidos, rejeitados, abandonados, traídos, humilhados e até mesmo mortos por uma causa maior. Essa força não vem de nossas próprias convicções, mas é uma força que brota do amor que cultivamos por Deus. Somente assim poderemos entender a força do amor que Cristo teve para enfrentar tudo e todos, inclusive o pecado e a separação de Deus na cruz por nossa causa.                 

            Muitas vezes temos que ser fortes não para lutar, mas para suportar as provações e em silêncio, sabendo que Deus, a Seu tempo, irá nos justificar. Creio que essa é a mais difícil forma de vigilância. Jesus disse a Pedro que se ele abrisse a boca, doze legiões de anjos poderiam ter acabado com tudo (Mt 26:53), mas ele foi forte o suficiente para sofrer em obediência a tudo o que o Pai lhe havia ordenado. Precisa de mais alguma explicação?