Obediência exige sacrifícios
Filipenses 2:5-9
Desde
muito cedo, todos nós aprendemos que a obediência é a lei da vida. Começamos
por obedecer aos processos de fecundação, gestação e nascimento. Depois, além
das etapas de cada faixa etária, aprendemos a obedecer aos pais, aos mais
velhos, e aos professores. Enfim, desde a lista de compras ou as placas de
trânsito, estamos sempre sujeitos a uma ordem que nos ajuda a conviver em
harmonia com a sociedade.
Espiritualmente
falando, independente de qual seja a religião, as pessoas também se sujeitam a
regras, a instituições ou a ‘sacerdotes’ ou ‘guias espirituais’, acreditando
ser esse o caminho para um equilíbrio ou evolução espiritual e até mesmo uma
possível salvação.
Toda
forma de obediência, tanto natural quanto espiritual, exige de nós algum tipo
de sacrifício. Um exemplo básico é que para bater o ponto no horário correto no
trabalho, muitas vezes temos que sacrificar a soneca do despertador.
Mas, o
que nem todo mundo para pra pensar é que, tanto a obediência quanto o
sacrifício, nos custam muito mais do que imaginamos. E nem sempre observamos
porque fazemos o que fazemos ou porque pensamos o que pensamos.
Jesus
Cristo é nosso maior modelo de obediência e sacrifício. No texto aos
filipenses, o Apóstolo Paulo consegue resumir em uma mesma frase as duas
atitudes de Cristo que O levou à suprema posição sobre tudo o que existe. Ele
nos deixou o exemplo e temos que fazer o mesmo. (1 Pe 2:21)
1.Obediência ou sacrifício? I Sm 15:22
Muitos, que já conhecem a Bíblia,
talvez podem argumentar que “é melhor obedecer do que sacrificar”,
citando as palavras do Profeta Samuel ao Rei Saul. Mas é importante ressaltar
que estas palavras foram ditas em outro contexto que não nos cabe explicar no momento.
Precisamos
entender que, tanto a obediência quanto o sacrifício sempre andaram de mãos
dadas. Deus foi bem claro desde o princípio: caso Adão desobedecesse, sua
própria vida seria sacrificada, “o dia em que dela comerdes, certamente
morrerás”. (Gn 2:17). Jesus nos afirma que “quem não carrega a sua cruz
e não me segue, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Agora, que concordamos com
a convenção natural e temos a base bíblica dos dois termos em conjunto,
poderemos pensar um pouco mais sobre os resultados de ambos em nossas vidas.
Existe um caminho que nos fará dar grandes saltos em direção ao nosso propósito
de vida, onde o nome do Senhor será glorificado e nós seremos grandemente
abençoados. Esse caminho é o da obediência disciplinada e do sacrifício vivo.
2. Obediência
disciplinada – Jo 15:10
A verdadeira obediência é a obediência
disciplinada. É quando não obedecemos apenas para não sermos punidos, ou quando
alguém está vendo ou nos cobrando. A ideia que Jesus nos transmite sobre
obediência é permanecer.
Muitas
pessoas não conseguem esse nível de obediência porque não param para pensar o
porquê estão obedecendo certas regras. Um exemplo simples sãos as inúmeras
dietas. Porque muitos que se propõe às dietas entram no chamado “efeito
sanfona”? Nossa cultura indisciplinada do jeitinho brasileiro, nos
acostumou a obedecer às regras igual obedecemos ao limite de velocidade apenas
diante do radar. Tanto no trânsito quanto na alimentação, não tem como esconder
os reflexos de uma obediência indisciplinada.
Um conceito muito interessante
sobre disciplina nos ajudará a obedecermos com mais eficiência. A verdadeira
disciplina precisa ser conscientemente escolhida, ardentemente desejada e pacientemente
persistida. Em termos gerais: se não tivermos consciência do porquê estamos
obedecendo, não vamos de fato querer obedecer, afinal não nos fará sentido a longo prazo. Porque você acha
que a maioria das pessoas se esquecem do que estudam no colégio? Porque grande
parte das matérias não tem aplicação prática em suas vidas e estudam apenas
para tirar boas notas nas provas. Por isso, Deus nos deixou escolher
servir a Ele ou não. Desde que essa escolha foi feita com consciência, deveremos
desejar ardentemente, de todo coração, alma, força e entendimento, assim,
conseguiremos persistir com paciência e Ele se inclinará para nós e
ouvirá o nosso clamor.
3. Sacrifício vivo – Fl 2:8-9
Apesar de acreditarmos que
sacrifício é abrir mão de algo de grande valor para nós, precisamos
repensar o conceito de sacrifício, caso contrário não conseguiremos ser
obedientes à maneira que Deus espera de nós. Antes de explicar este conceito é
importante lembrar que uma pessoa comum não conseguirá concordar com esta
ideia, pois ela não é para pessoas comuns, mas apenas para aqueles que
decidiram parar para pensar, porque estão agindo e vivendo da forma que agem e
vivem.
“Sacrifício é abrirmos mão de algo
de natureza inferior para alcançarmos algo de natureza superior”. Não é algo de outro mundo, mas nem
todos concordam. Se concordassem, as pessoas não estariam sacrificando o que
tem de mais importante em troca de nada. O tempo é o que temos de mais
importante, mas muitos o sacrificam em troca de tão pouco, de coisas
infinitamente inferiores.
Cristo é o sacrifício vivo que se
ofereceu por nós de uma vez por todas (Hb 9:12, 26; 10:10). Ele sacrificou sua
natureza inferior – sua natureza humana – para adquirir uma natureza superior –
Deus lhe deu a mais alta posição.
O Senhor nos manda ser um sacrifício
vivo (Rm 12:1) para que, assim como ele alcançou a destra do Pai por meio da
obediência escolhida, desejada e persistida, nós também estaremos
à sua direita como sua Igreja, a noiva adornada, sem pecado e sem defeito.
Entregar-se a Cristo não pode ser uma fé cega. Pelo contrário, sabemos
exatamente o preço que foi pago por nós por isso estamos dispostos a pagar o
preço que for para sermos fiéis e obedientes.
🙌
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluir🙌🏻🙌🏻🙌🏻
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirMuito forte
ResponderExcluirÓtima palavra pastor 🙌🙏
ResponderExcluirEita glória 🙌🏼
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