Os quatro benefícios práticos da obediência

João 14:15-27


A obediência é um princípio básico e vital para a vida em comunidade. Desde que nascemos somos ensinados a obedecer e, ao longo da vida a obediência apenas varia de esfera, passando pelos relacionamentos, pelas leis da boa convivência, as leis de trânsito, entre outros. Com Deus não seria diferente. Não é à toa que somos chamados de filhos. Como filhos de Deus, podemos nos considerar obedientes? A obediência produz efeitos positivos que trazem muitos benefícios práticos para os que vivem nela. Entre eles estão:

1. Amor – v. 21a
A obediência está proporcionalmente relacionada ao respeito e ambos são ingredientes necessários para cultivarmos o amor. Devemos obedecer a Deus por amor e não por medo. Quando honramos a Deus e à sua palavra, passamos a ter prazer em obedecer-lhe.  
 Especialistas em criação de filhos afirmam que os  pais que procuram fazer todas as vontades dos filhos, com medo de não serem amados caem em grande armadilha, pois deveriam exigir respeito e obediência, que consequentemente, colheriam amor quando eles chegam à fase adulta. Com Deus não é diferente, muitas coisas que aprendemos que devemos fazer ou deixar de fazer quando aceitamos a Cristo, à medida que amadurecemos espiritualmente, reconhecemos o quanto os “NÃO’S” de Deus nos fizeram bem e O amamos ainda mais por isso.

2. Revelação –v. 21b 
            Você confiaria em alguém que não lhe ouve e faz exatamente o contrário de tudo o que lhe pede? Deus também não (Jo 15:14). A obediência é o termômetro que Deus usa para medir o grau de confiança que Ele pode ter em nós. Abraão foi chamado amigo de Deus (Tg 2:23). Deus se compromete a revelar Seus atos aos seus profetas antes de executá-los (Am 3:7). O Senhor tem prazer em revelar Sua vontade, Seus planos e mistérios àqueles que lhe prestam obediência, mas como Cristo aconselha em Mateus 7:6 para não darmos nossas pérolas aos porcos, creio que Ele não fará diferente.

3. Comunhão – v. 23b 
        Um dos resultados mais surpreendentes da obediência é a comunhão. Isso por que não se trata apenas de um relacionamento externo, mas de um nível de profundidade que gera uma intimidade cada vez mais intensa e duradoura com o Eterno (Rm 11:33).   
             No Antigo Testamento, vimos alguns exemplos que apontam para o que acontecerá com aqueles que tem comunhão com Deus, tanto pelo prazer da intimidade, quanto pela obediência ao chamado. Enoque andou com Deus (Gn 5:24) de tal maneira que O Senhor o arrebatou. Elias viveu o ministério de forma tão intensa e obediente, que O Senhor o arrebatou (2 Reis 2:11).  
           Algumas pessoas acreditam não ter um ministério “relevante”, por isso não buscam desenvolver uma intimidade com Deus. Mas a bíblia não fala de nenhuma forma de trabalho que Enoque desenvolveu para Deus. Ele apenas buscava ao Senhor pelo simples prazer de estar com Ele. Por outro lado, outros se concentram tanto no ministério, que limitam sua busca ao “poder” e à “glória” de Deus e esquecem-se de buscar a sua face. O arrebatamento de Elias nos ensina que todo aquele que se lança ao ministério, sem desejo de autopromoção e em plena obediência, terá o mesmo fim que ele: será arrebatado em glória.

4. Paz – v. 27   
        Falamos dos resultados da obediência como causa e efeito, por se tratar de consequências incontestáveis, a partir do momento em que começamos a colocar a palavra de Deus em prática. Em outras palavras: “Fazendo certo, não tem como dá errado”. Toda forma de mudança exige renúncia, envolve batalhas e sugam nossas forças. Seja de faculdade, perda de peso, relacionamento, mudança de cidade, enfim, tudo tem seu preço. O problema é que muitas pessoas acham que encontrarão paz em seus corações sendo cristão nominal, da boca pra fora. Não se sujeitam não se deixam ser moldados e isso tem gerado uma geração de cristãos frustrados, que não tem paz. A verdadeira paz flui de dentro de um coração obediente e subserviente. Como já falamos em outras ocasiões, o vazio do ser humano não é do tamanho das bênçãos de Deus, mas da Pessoa de Cristo. Só ele pode preencher-nos. Essa paz nunca encontraremos no mundo.

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